sexta-feira, março 05, 2010

Grama

Por cima do seu colo
eu deitei (meus sonhos) na grama
e era pra ver (se) você (lia) melhor,
mas era noite e (quase) tarde
e eu passei muito tempo
confundindo (as estrelas e) seus olhos,
porque era nublado (e tão perto)
e (eu assim achava) difícil te enxergar
do lado da árvore (de novo,)
e eu que pensei só nelas por anos
não olhei nem uma vez
porque assim (tão próximos)
íamos (devagar) pra mais longe
e o dia terminava (mais quieto)
mais (escuro e mais) sozinho
comigo achando (o caminho cada vez mais) distante,
a cama mais vazia e os sonhos mais tristes
e sem um jeito (de pedir desculpas,)
de sorrir pra ver se fazia diferença,
eu fui afundando
(na grama e) no seu colo
mais que qualquer coisa
pra ver (se) você (notava
e me trazia de volta).







Henrique RM

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

seu texto é uma tela impressionista só me pode ser isso. e diz toda aquela cena nem no que foi desenhado nem no que preguiçosamente foi esquecido e sim no porvir do coração de cada um. seus parêntesis só podem me ser aquelas telas a espátula. enfim, bonito mesmo.

27 abril, 2010 03:47  

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